A Alert System, que nasceu em 1999, aposta em novas tecnologias, como internet das coisas, para continuar crescendo
Um dos segredos da longevidade das empresas é saber adaptar o negócio aos avanços tecnológicos e às demandas do mercado.
A Alert System, por exemplo, começou a fazer uma mudança estratégica há seis anos, quando deixou de ser uma empresa focada em segurança eletrônica, sua área de atuação desde a fundação, em 1999, e passou a priorizar a oferta de soluções para a segurança de processos, pessoas e infraestrutura.
Este artigo foi escrito por Maria Isabel Moreira e publicado originalmente em Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
No biênio 2017 e 2018, a Alert System deve totalizar investimentos de R$ 1,5 milhão em novas tecnologias e no desenvolvimento e integração de sistemas.
Soluções de internet das coisas (IoT) para a área industrial são uma de suas principais prioridades. Os resultados dessa aposta apareceram rapidamente. Em 2017, a Alert System faturou R$ 18,8 milhões, valor 35% superior ao ano anterior, e espera crescer 30% em 2018.
Um dos maiores clientes da empresa é a ArcelorMittal. Há dois anos, a Alert System entrou na maior produtora de aço do mundo com soluções de vídeo para segurança patrimonial em todas as plantas industriais no país.
De um ano para cá, o contrato foi ampliado, englobando monitoramento de processos e segurança no trabalho. “Há processos industriais de alto risco na siderurgia, que não podem ser controlados por humanos. Esses processos exigem operação a distância”, afirma Ana Flavia Rodrigues, 39 anos, sócia e diretora de operações.
Segundo ela, outra área muito demandada pela ArcelorMittal e outras indústrias é a segurança no trabalho.
Na ArcelorMittal, a Alert System é responsável pelos sistemas que fazem rastreamento de pessoas, o controle de acesso a áreas restritas e o monitoramento de cargas e veículos.
A planta da indústria em Piracicaba, por exemplo, está totalmente mapeada com internet das coisas desde o segundo semestre do ano passado. “Fomos a primeira empresa no Brasil a fazer o mapeamento completo de uma planta industrial por protocolo de IoT”, diz ela.
Outro projeto de fôlego que a empresa assumiu foi a instalação de câmeras de vídeo e a integração dos sistemas inteligentes disponíveis no empreendimento Parque da Cidade, na capital paulista.
Serão 357 câmeras apenas na primeira fase, que inclui duas torres. Quando concluído, o complexo terá oito torres (duas residenciais e seis corporativas), um hotel e um shopping center. “Estamos implantando as câmeras e faremos uma reengenharia para integrar todos os sistemas de automação dos prédios, que já são bem revolucionários, como a coleta de resíduos a vácuo e reaproveitamento de água, para transformá-lo em um condomínio realmente inteligente”, diz Ana Flávia.